Vultos da Medicina no Piauí


ZENON ROCHA

Dr. Zenon Rocha nasceu em Maceió – Alagoas, no dia 03 de dezembro de 1915. Radicou-se em Teresina ainda menino, onde concluiu sua formação fundamental. Tornou-se médico pela antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1939. Primeiro foi médico no Hospital Areolino de Abreu, meses depois assumiu a direção do posto de saúde da cidade de José de Freitas, onde permaneceu por um ano. Retornou ao Rio de Janeiro para a realização de treinamentos em anestesia e transfusão sanguínea. Retornou a Teresina, e Integrou-se ao Serviço de Clínica Cirúrgica do Hospital Getúlio Vargas criado pelo Dr. Rocha Furtado, onde teve a responsabilidade da criação do Núcleo de Estudos Científicos (NEC). Em 1946 assumiu o Serviço de Cirurgia do HGV onde permaneceu até o seu falecimento, em 07 de maio de 1990. Fundador e primeiro diretor da Faculdade de Medicina do Piauí (1968). Responsável pela estruturação e primeiro Diretor do Centro de Ciências da Saúde; Coordenador da Área de Clínica Cirúrgica (desde a fundação da UFPI até 1990). Criou o Programa de Residência Médica em Cirurgia no ano de 1989. Durante várias décadas foi cirurgião referencial não só no Piauí, mas nos estados vizinhos. Distinguiu-se pelas suas ativas participações em congressos e publicações de trabalhos científicos em nível nacional. Sempre muito meticuloso e exigente consigo mesmo, um estudioso da Medicina e das técnicas cirúrgicas. A integridade e o prestígio profissional, o fizeram merecedor de cargos e títulos, tais como: Diretoria do Hospital Getúlio Vargas; Presidente da Comissão Instituidora da Fundação de Ensino Superior do Estado do Piauí; Presidente da Associação Piauiense de Medicina; Mestre do Capítulo no Piauí do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; Membro fundador e vice-presidente da Academia de Medicina do Piauí; Título de Cidadão Piauiense; Diploma de Honra ao Mérito por contribuição ao Ensino e ao Desenvolvimento da Cirurgia Brasileira, conferido pelo Colégio Internacional de Cirurgiões. Dr. Zenon Rocha, foi um filho honorário do Piauí que serviu dedicação sua terra, num trabalho sacerdotal de médico, cirurgião e professor universitário.





MANOEL AYRES NETO

Dr. Manoel Ayres Neto
Data de Nascimento: 01 de junho de 1917- Amarante-PI
Formatura: 1948 – Universidade Federal da Bahia
Falecimento: 21 de março de 1997 - Teresina -PI
1949- Chefe de Equipe de Cirurgia de Urgência do Hospital Getúlio Vargas ( 1949- 1962)
1949- Cirurgião do I.P.A.S.E
1950- Cirurgião por concurso do I.A.P.C
1951- Curso de Cirurgia de Vias Biliares Prof Pablo Mirrias ( Córdoba -ARG -3 meses)
1952- Curso na Casa de Saúde São Miguel (RJ) – Serviço DR Fernando Paulino–6 meses
Membro do C.B.C., C.I.C, F.I.C.S
1960- Presidência Regional do F.I.C.S





CLIDENOR DE FREITAS SANTOS

Dr Clidenor de Freitas Santos nasceu em Miguel Alves – PI, no dia 16 de Fevereiro de 1913. Graduou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Recife em 1936. Especializou-se em psiquiatria e retornou ao Piauí, onde montou consultório médico. Influenciado por Pinel, retirou as correntes que prendiam doentes agitados no “asilo de alienados”, e montou o que foi chamado de “pirâmide metálica” na praça da liberdade, em Teresina – um total de 1.540 quilos de correntes de ferro ao sol. Um novo padrão assistencial foi criado por Clidenor de Freitas Santos, que o estabeleceu em uma época precisa para prestar assistência médica digna aos portadores de transtornos mentais. Foi deputado federal (1959-1963); Presidente do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado – IPASE (1963-1964); Diretor do Hospital de Psiquiatria de Teresina, PI; Médico Sanitarista do Ministério da Saúde; Professor de Filosofia no Colégio Estadual do Piauí; Membro da Associação de Medicina do Piauí e Integrante da Academia Piauiense de Letras. Na década de 40, iniciou a construção do Sanatório Meduna, às margens do rio poty. Erguido com recursos próprios e uma vontade telúrica, demorou 10 anos para ser inaugurado – um dos mais importantes fatos ocorridos no Piauí em 1954. Faleceu em Teresina – PI (2000).







Francisco Ferreira Ramos

·         Formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil no Rio de Janeiro.
·         Curso de pós-graduação em Neurocirurgia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
·         Médico aposentado da Previdência Social – ex-INAMPS
·         Médico do Hospital Getúlio Vargas
·         Médico do Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas
·         Prof. Titular de Neurologia e Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Piauí
·         Prof. da Disciplina de Bases Humanísticas da Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal do Piauí
·         Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
·         Membro titular da World  Federation of Neurosurgical Society
·         Membro Fundador e ex-president da Sociedade Piauiense de Neurologia e Neurocirurgia
·         Ex-diretor do Hospital Getúlio Vargas (Hospital Escola) – 4 mandados









JOÃO ORLANDO RIBEIRO GONÇALVES
 

Prof. Dr. João Orlando Ribeiro Gonçalves é graduado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, cursou sua residência médica em oftalmologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Doutorado pela faculdade de Medicina da UFMG, tem pós doutorado pela Université Pierre et Marie Curie, Professor Emérito de Oftalmologia da Universidade Federal do Piauí, membro da Academia de Medicina do Piauí, presidente da Fundação Oftalmológica do Piauí que mobiliza a sociedade em projetos de prevenção da cegueira.
Com uma trajetória de vida profissional rica, Prof. Dr. João Orlando esteve a frente de seu tempo como docente e pesquisador, gestor do Hospital Getulio Vargas em Teresina, chefe da Clinica Oftalmológica (onde coordenava uma das mais importantes residências medicas em oftalmologia do Brasil que recebia médicos do pais inteiro), Secretário de Saúde de Teresina, presidente do Colégio Brasileiro de Oftalmologia e coordenador de ações sociais.
Atualmente ainda atua em vários projetos permanentes de prevenção da cegueira: Acuidade visual na criança – “Olho no Olho”; “Zona Livre de Catarata”; “Mutirão da Catarata”; “Retinopatia da Prematuridade”; “Mutirão do Olho Diabético”; “Mutirão do Glaucoma”; e outros projetos de abrangência social relevantes na sociedade piauiense.
O médico João Orlando Ribeiro Gonçalves possui uma história profissional importante para a oftalmologia brasileira o que o torna um vulto da medicina no Piauí.

* Trabalho apresentado no I Congresso Piauiense de História da Medicina – Teresina/PI - 2013 -- Leal FLO; Sales IC; Alencar PD; Silva Neto LF; Reis EF; Santos-Junior LA – Teresina/PI








DR. ULYSSES COELHO MARQUES

Nascido em 14.01.1909 na cidade de Floriano- Piauí, filho do farmacêutico, Fernando de Oliveira Marques  e Amélia  Coelho Marques.
Teve sete irmãos , entre eles  o médico psiquiatra João Coelho Marques, patrono da Cadeira Nº 27 da Academia de Medicina do Piauí, o Desembargador Raimundo Antônio Marques, o dentista Antônio José Pacífico Marques e quatro irmãs de prendas do lar.
Formado  pela Faculdade  Nacional de Medicina da Universidade do Brasil - Rio de Janeiro em 1932, cuja  turma se encontravam outros conterrâneos, que mais tarde foram também expoentes da medicina piauiense, como o Clínico Geral , Lineu da Costa Araújo, o Cirurgião Rocha Furtado, e Dr. Agenor Almeida.
Casado com a médica  Alayde Cardoso Marques, primeira ginecologista com título de especialista, realizado em Belo Horizonte - MG, a exercer em Teresina sua profissão.
Exerceu a medicina em Teresina como Clínico Geral se destacando no meio médico/científico com várias publicações em revistas médicas.
Foi o primeiro presidente da Sociedade Piauiense de Combate ao Câncer, tendo adquirido o terreno e iniciado as obras onde atualmente funciona o Hospital São Marcos.
Neste período providenciou, encaminhando ao Rio de Janeiro, no INCA, o saudoso Dr. Artur Cândido Assunção, para especializar-se em oncologia e chefiar o setor da referida Sociedade.
Como Presidente da Associação Piauiense de Medicina, adquiriu o terreno na rua David Caldas, e lançou a pedra fundamental de sua sede própria no dia 23 de dezembro de 1951, edifício que hoje leva o seu nome.

Faleceu de infarto do miocárdio, em 16 de março de 1967, aos 58 anos, um ano após o falecimento de sua esposa, sem deixar descendentes. 







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